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Pesquisa de Emprego e Desemprego - Terça-feira, 17 de Novembro de 2015

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Rendimento dos negros cresce, mas ainda é 37,5% menor que o dos não negros no ABC

Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, estudo analisa situação do negro no mercado de trabalho


Rendimento dos negros cresce, mas ainda é 37,5% menor que o dos não negros no ABC

A diferença entre as taxas de desemprego dos negros e não negros no mercado de trabalho do ABC caiu de forma expressiva no comparativo dos biênios 2011-2012 e 2013-2014. A diferença passou de 2,7 para 1,2 ponto percentual. Outro indicador que merece destaque é o rendimento médio real por hora, que para os negros teve elevação de 11,8% na transição dos períodos analisados, e que cresceu 4,8% para os não negros. Ainda assim, há resquícios da desigualdade existente no mercado por conta do valor pago aos negros ser 37,5% inferior ao pago aos demais por horas trabalhadas. Os dados são do estudo especial ‘’Os Negros no Mercado de Trabalho da Região do ABC’’, apresentado nesta terça-feira (17), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

O trabalho, elaborado pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com a entidade regional, reuniu informações extraídas da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC) e marca as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra (20). O estudo busca acompanhar e qualificar os avanços na rota de diminuição da desigualdade entre negros e não negros, além de colaborar na identificação de aspectos distintos do ABC. O coordenador do Grupo de Trabalho Igualdade Racial, Wellington da Silva Bento participou da apresentação dos dados.

O economista da Fundação Seade e coordenador do estudo, Alexandre Loloian, destacou os avanços para o público negro no mercado de trabalho observados no estudo. ‘’Vemos claramente que o crescimento econômico e as ações e políticas afirmativas estão ligados diretamente às oportunidades de inserção para a população negra no mercado de trabalho. A taxa de desemprego dos negros na região era de 26,8%, em 1998. No último biênio já tinha caído para 11,2%’’, avaliou.

No período analisado, a quantidade de negros desempregados caiu de 11,9%, no biênio 2011-2012, para 11,2% em 2013-2014. Já a taxa de não negros passou de 9,2% para 10% no mesmo período de análise.

Apesar da persistência de maiores taxas entre os negros, os dados do estudo permitem identificar importante redução no diferencial das taxas de desemprego total entre negros e não negros ao longo dos anos: em 1999-2000, por exemplo, a diferença chegava a 6,8 pontos porcentuais, quando as taxas correspondiam a 24,8% para os negros e 18,0% para os não negros.

Mercado de trabalho

Na Região do ABC os negros representavam, em 2013-2014, 29,0% da População em Idade Ativa – PIA e uma proporção ligeiramente maior do que essa na composição da População Economicamente Ativa − PEA (29,5%). Já a parcela de desempregados negros era ainda maior (32,0%), caracterizando sua sobrerrepresentação entre os desempregados.

A taxa de participação – definida como a proporção da PEA em relação à PIA – é tradicionalmente maior entre os negros, pois estes entram mais cedo e saem mais tarde do mercado de trabalho. Entre 2011-2012 e 2013-2014, no entanto, houve um movimento de aproximação entre essas taxas, uma vez que diminuiu para os negros (de 63,0% para 62,8%) e aumentou para os não negros (de 60,6% para 61,2%).

Ocupação

Em 2013-2014, a proporção de ocupados negros no mercado de trabalho da Região do ABC era de 29,2%, sendo 15,9% homens e 13,3% mulheres. Os diferenciais de inserção no mercado de trabalho entre negros e não negros podem ser identificados quando se observa a composição da ocupação nos principais setores de atividade econômica.

O setor de Serviços, responsável por pouco mais da metade dos postos de trabalho da Região do ABC, abrigava, em 2013-2014, 50,9% do total de ocupados negros e 51,4% de não negros. Entre os negros, a proporção na Indústria (24,3%) era um pouco menor do que entre os não negros (26,2%), mas era maior na Construção (8,1% e 4,5%, respectivamente) e semelhante no Comércio (15,9% e 16,9%, respectivamente). Loloian lembrou que nestes dois últimos setores há predominância de postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional. ‘’Reparamos que os negros só conseguem igualar ou ser maioria dos empregados na Construção e no Comércio que, por não exigirem qualificação, acabam sendo a saída para os desempregados que não tiverem condição de se especializar. Isso representa condições precárias e remunerações baixas e é onde os negros estão mais presentes’’, relatou o técnico.

Essas características também podem ser encontradas em alguns segmentos dos Serviços em que há maior proporção entre os negros (transporte, armazenagem e correio; atividades administrativas e serviços complementares; alojamento, alimentação, outras atividades de serviços, artes, cultura, esporte e recreação; e serviços domésticos).

Pela ótica da posição na ocupação, verifica-se que, na perspectiva de garantias trabalhistas e previdenciárias, os não negros encontravam-se, em 2013-2014, em situação ligeiramente melhor do que os negros: 66,5% do total de não negros ocupados e 63,1% de negros estavam inseridos em ocupações regulamentadas (soma de assalariados no setor privado com carteira de trabalho assinada e no setor público). Isso ocorre porque, do total de negros ocupados, as parcelas no assalariamento privado com carteira assinada (57,2%) e, principalmente, no setor público (5,9%), eram menores do que as dos não negros (58,0% e 8,5%, respectivamente). Vale ressaltar que, no período analisado, cresceu a proporção de assalariados com carteira assinada no setor privado e diminuiu no setor público para os dois segmentos de raça/cor.

Já ao se considerarem ocupações com menor nível de regulamentação e cujos rendimentos geralmente são menores, havia maior representação entre os negros, em 2013-2014: 8,1% dos negros ocupados e 3,8% dos não negros eram empregados domésticos; 15,9% e 13,7%, respectivamente, eram trabalhadores autônomos; e 8,4% e 7,4%, respectivamente, eram assalariados sem carteira de trabalho assinada no setor privado.

A distância entre as parcelas de assalariados negros e não negros no setor público, possivelmente, tem origem no fato de cerca de metade desses ocupados possuir nível de escolaridade superior. Essa característica, associada ao fato de o ingresso no setor público ocorrer principalmente por meio de concursos, permite inferir que a sub-representação de negros nesse segmento deve-se muito mais às suas históricas dificuldades de acesso aos níveis mais elevados de ensino do que a eventuais ações discriminatórias das quais possam ser vítimas.

Explicação semelhante pode ser adotada para a menor parcela entre os negros (4,5%), do que entre os não negros (8,5%), no agregado demais posições – que reúne empregadores, profissionais universitários autônomos e donos de negócios familiar, entre outros. Neste caso, dispor de riqueza acumulada que permita montar um negócio ou possuir nível superior de escolaridade provavelmente são fatores que explicam a exclusão de grande parte dos negros.

Já a parcela de negros como empregados domésticos é bastante expressiva. Esse segmento compõe-se de ocupações cujos requisitos de qualificação profissional dependem menos da formação escolar do que da experiência de trabalho. Estudos recentes da Fundação Seade e do Dieese, com base nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED na região, constataram que o emprego doméstico tem sido exercido, predominantemente, por mulheres negras, mais velhas e com baixo nível de escolaridade.

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