A Mata Atlântica é um patrimônio ecológico, econômico e cultural do Brasil com enorme potencial turístico. Para discutir esse cenário promissor, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC promoveu nesta quarta-feira (18/6) o Encontro Regional Caminho da Mata Atlântica e Caminho do Sal, com o objetivo de debater propostas para desenvolvimento do cicloturismo e turismo peregrino na região.

Durante o evento, foi destacada a biodiversidade da Mata Atlântica, reconhecida por sua riqueza biológica, incluindo espécies vegetais e animais que são exclusivas desse bioma.

A programação incluiu apresentações sobre iniciativas já em desenvolvimento, como o Caminho da Mata Atlântica, uma trilha de mais de 4 mil km que percorre toda a Serra do Mar e um trecho da Serra Geral, entre os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, conectando áreas naturais e unidades de conservação.

A prefeitura de São Bernardo do Campo apresentou o Caminho do Sal. Uma das trilhas antigas do bioma, que remonta à época do Império, a rota ecoturística se estende por 50 km e conecta São Bernardo, Santo André e Mogi das Cruzes.

Também atrativos da região, o Caminho Turístico Passos do Padre Capra e Rota da Madeira foram apresentados pelas prefeituras de Santo André e Rio Grande da Serra. Os dois circuitos são opção para ciclistas e peregrinos que buscam roteiros de média e longa distância.

Em seguida, a Secretaria do Verde da Prefeitura da Capital apresentou o Trilhas Interparques, que envolve duas áreas de proteção ambiental, sete parques naturais municipais e conecta unidades de conservação ambiental.

Responsável por 152 unidades de conservação, a Fundação Florestal destacou a importância do alinhamento das iniciativas e da união de esforços para conservação e monitoramento da biodiversidade. Além disso, apontou os principais desafios da área.

O diretor de Programas e Projetos do Consórcio ABC, Diego Tavares, destacou que a proximidade do bioma de centros urbanos como o Grande ABC amplia as demandas do poder públicos e da sociedade civil, ao mesmo tempo em que favorece o turismo como uma ferramenta de conservação.

“Diante do valor inestimável das paisagens preservadas da Mata Atlântica no Grande ABC, temos o ecoturismo como uma alternativa muito interessante e promissora para fazer da nossa região uma referência em sustentabilidade”, afirmou.