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Encontro reuniu lideranças regionais, governo federal e especialistas para discutir desafios e oportunidades da economia de baixo carbono no Grande ABC
O Grande ABC deu mais um passo rumo à construção de uma agenda regional de desenvolvimento sustentável. Nesta sexta-feira (10/10), o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, a Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC e a Universidade Federal do ABC (UFABC) realizaram o Painel Pré-COP30: Mercado de Carbono – Desafios e Oportunidades no Grande ABC, no campus Santo André da universidade.
O encontro reuniu representantes do poder público, da academia, do setor produtivo e de consultorias especializadas para debater como o mercado de carbono e a transição energética podem impulsionar inovação, geração de empregos e desenvolvimento sustentável na região.
Participaram do painel a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Fróes de Borja Reis; o secretário-executivo do Consórcio ABC e presidente da Agência de Desenvolvimento, Aroaldo Silva; a vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Vilma Marcelino; o especialista em descarbonização na LUJ4 Consultoria, Fabiano Sant’Ana.
O debate faz parte de uma série de iniciativas que antecipam as discussões da COP30, que será realizada em Belém (PA), e reforça o compromisso do Grande ABC com a transição justa e a economia de baixo carbono, conciliando crescimento industrial, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental.
O evento também discutiu como o mercado de carbono pode ser uma alavanca para a reindustrialização verde, conectando inovação tecnológica, novas cadeias produtivas e políticas públicas de transição justa. A agenda Pré-COP Grande ABC segue com diversos debates e ações, fortalecendo a agenda climática regional.
Em sua fala, Fabiano Sant’Ana abordou inovações envolvendo o mercado de compensação ambiental. “O Brasil tem o maior ativo ambiental do mundo, com florestas, agricultura e indústria. Com a regulamentação, milhares de empresas terão de descarbonizar suas cadeias, e os consórcios intermunicipais podem transformar essa obrigação em oportunidade, criando políticas locais de geração e comércio de créditos de carbono”, ressaltou.
A subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda destacou as oportunidades para o setor. “Com o mercado regulado de carbono, o PIB brasileiro pode crescer até 8,5% até 2050. Imaginem o impacto disso para a indústria. O Grande ABC tem escala e capacidade para colocar esse pacto em prática, articulando reindustrialização, especialização produtiva e sustentabilidade. Organizar-se coletivamente é o caminho para transformar potencial em desenvolvimento real”, defendeu Cristina Reis.
Para o secretário-executivo do Consórcio ABC e presidente da Agência de Desenvolvimento, o evento marca um avanço importante na construção coletiva de um novo modelo de desenvolvimento mais sustentável e com foco na inovação. "O Grande ABC tem uma longa trajetória de protagonismo industrial no país. Agora, temos a responsabilidade de liderar também a transformação para uma economia de baixo carbono, aproveitando o potencial das nossas universidades, das cadeias produtivas e da força do nosso território", afirmou Aroaldo Silva.
A vice-prefeita de Rio Grande da Serra frisou que o patrimônio ambiental do Grande ABC não deve ser visto como um desafio para o desenvolvimento econômico da região, mas como uma oportunidade. “Temos temas importantes para desenvolver, como a transição da energia, a eficiência dos prédios, a renovação de frotas e o incentivo a práticas sustentáveis”, pontuou Vilma Marcelino.